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Digitalks Global Summit traz para o debate as principais tendências do marketing até 2025

O Digitalks Global Summit reuniu nesta terça-feira um time de profissionais renomados para falar de e-commerce e seu impacto na internacionalização, marketing automation, tendências, Indústria 4.0 e o potencial das live commerces. O evento, que termina hoje, conecta pessoas de todo o mundo em três dias de muito conteúdo sobre inovação, economia e negócios digitais.

 Na palestra “Como o E-commerce pode fazer a diferença na internacionalização das Marcas”, Daniela Jurado, General Manager da VTEX EMEA, companhia de soluções de transformação digital para médias e grandes empresas, explicou como os processos ágeis de adaptação e implantação de e-commerce melhoram vendas e se aproximam dos consumidores.

“Dois fatos mundiais que tiveram muito impacto no mundo todo, o navio Evergreen parado no Canal de Suez, em março de 2021, e a pandemia que vem desde 2020. Ambos mostraram que é importante e necessário reagir. Esses dois episódios impactaram em atrasos nas entregas, falta de estoques e prejuízos, entre outros gargalos. Muitas marcas perderam vendas, mas outras conseguiram estruturar seus marketplaces para diferentes países, como a Motorola, ou alargar portfólios, como a C&A, que se tornou vitrine de outros segmentos. São empresas que estudaram seus mercados e digitalizaram toda a cadeia para facilitar o trabalho de seus representantes comerciais, mostrando que é possível atravessar a crise e levar as marcas para outros países”, explicou.

Segundo Daniela, o Brasil tem muitos produtos e marcas que são de interesse no mercado internacional, especialmente o europeu, mas ainda não explorou todo o seu potencial. “Vimos casos de sandálias Havaianas sendo vendidas por pequenos vendedores em marketplaces globais a preços altos, mostrando que realmente há interesse. Hoje a China é o maior exemplo de cross border, vendendo pela internet no mundo todo, inclusive com o Brasil sendo um dos grandes compradores de produtos chineses em e-commerces como Shoppee  – este ano 77% dos brasileiros adquiriram produtos chineses – , mas o Brasil ainda tem muito o que avançar no que diz respeito a vender e exportar seus produtos”, ressaltou. 

Marketing Automation

Pelo terceiro ano consecutivo no Digitalks Global Summit, Adriana Lima, Senior Account Executive na Salesforce, falou sobre as ferramentas que são tendência para 2022 na área de Marketing Automation.

“Na Salesforce, pensamos na jornada inteira do cliente, desde a personalização em tempo real e tudo que envolve as áreas de CRM e social media de forma estruturada e estratégica”.

Adriana trouxe insights interessantes do estudo State of Marketing, um levantamento global de desafios e tendências em marketing digital realizado pela equipe da Salesforce Research. “Para reposicionar as marcas no mundo pós-pandemia, o estudo mostra que as empresas devem investir mais em inovação e na experiência personalizada dos clientes para      gerar valor”.

De acordo com a executiva, os profissionais de marketing estão otimistas: 63% dos marketers esperam crescimento nos negócios, principalmente com a utilização da omnicanalidade, que contribuiu para um relacionamento mais versátil e dinâmico com o cliente. Para 67% dos entrevistados, o marketing assumiu, ao longo do último ano, uma importância muito maior para o crescimento das corporações.

Para Adriana, as principais tendências que o Marketing Automation deve seguir são inovação, inteligência artificial, geração de valor para clientes B2B, privacidade dos usuários e novas tecnologias como 5G, realidade virtual e Internet das Coisas (IoT). Já os cinco principais desafios dos profissionais do marketing são engajamento com o cliente em tempo real, inovação, jornadas criativas e coesas dos clientes entre os canais e dispositivos, consolidação dos dados e compartilhamento de uma visão unificada das informações do cliente entre unidades de negócios.

“Neste cenário, é importante realizar alguns questionamentos: Como começo a fazer uso da IA para melhorar minhas campanhas, ter ferramentas que nos permitam entender a jornada de cada cliente? Quais insights que a IA me dá para que eu crie a campanha de determinado cliente? Como olho para a saturação da minha audiência e entendo que há um conjunto de pessoas que estão ali para eu conversar e entender a jornada do cliente de forma automatizada?”, perguntou Adriana Lima.

Para finalizar, a especialista disse que as ferramentas de Marketing Automation podem ser utilizadas para qualquer tipo de comunicação – interna ou externa. “É uma forte tendência para personalizar a comunicação com o cliente, fidelizando o mesmo”, acrescentou.

Conteúdos que agregam valor

A atenção das pessoas é um dos maiores ativos na área de marketing digital e continuará sendo pelos próximos anos. Isso significa que as empresas devem estar preparadas para investir em conteúdos que agreguem valor. Também precisam estar prontas para se adaptarem a todos os imprevistos e revoluções que não param. Esses foram alguns insights da palestra “Fazendo Marketing para 2025”, apresentada por Rapha Avellar, fundador da Adventures, companhia de comunicação que vem revolucionando o mercado com modelos disruptivos de negócios.

“Olhando do ponto de vista macro, as oportunidades na internet vêm dos desafios diários que não param de surgir. A era atual é de incertezas, instabilidade e disrupção. Assim, quem quer ter um negócio moderno e relevante precisa construir uma empresa capaz de reagir na velocidade da cultura. Os hábitos dos consumidores mudaram de tal forma que as pessoas se arriscam mais para comprar e valorizam muito o tempo. Quem entrega valor e ‘devolve’ o tempo do cliente tem muita probabilidade de dar certo”, destacou.

Nos últimos anos, a forma de vender e de se relacionar mudou totalmente e está apoiada na mídia digital que, por sua vez, está fragmentada. Se antes bastava investir a verba em grandes veículos de TV, hoje é fundamental ter estratégia para distribuir o investimento nos numerosos canais disponíveis em redes sociais (Instagram, Facebook, Tik Tok, Twitter, Snapchat, Deezer etc), mas não apenas nas plataformas e, sim, nos criadores de conteúdo estratégicos para a marca dentro de cada uma delas. “Essa fragmentação de canais é também de atenção; por isso, é necessário criar conteúdo que gere valor e seja útil ao consumidor”, enfatizou Avellar.

De acordo com ela, cativar a atenção desse público para reverter em vendas é algo sem volta. Trata-se de um mercado com valor de mercado de R$ 500 bilhões, com índice estimado de crescimento de 25% para os próximos três anos”, destacou. Além do investimento em mídia digital cada vez mais nichado e criativo, o executivo ou empreendedor nunca pode perder de vista a atenção ao seu público, uma vez  que uma marca ou produto está a um clique de ser trocado por outra mais interessante, mais cativante ou mais útil naquele momento. “Se ele não compra num primeiro momento, mas interage e é cativado pelo conteúdo, certamente lembrará da sua marca na hora de decidir a compra”, disse Rapha Avellar.

Para quem não tem grandes somas para investir em estratégias caras, mas quer dar os primeiros passos imediatamente, o palestrante ensinou: pesquise tudo o que for possível no Google e acumule ideias e conhecimento; produza muito conteúdo sem julgar muito e, ao receber os feedbacks, vá entendendo o que melhor funciona ou não para sua estratégia e, finalmente, contrate ou tenha por perto representantes da novíssima geração de pessoas que está na internet para agregar insights e visões que podem surpreender e mudar um negócio.      

Indústria 4.0

No painel “Panorama mundial da indústria 4.0”, Beny Fard, fundador e CEO da Spin Startups+Industries, mediou a conversa entre Rafael Dias, diretor de Automação Industrial na Siemens Brasil, e Rodrigo Portes, executivo sênior de Automação Industrial     . A visão da indústria 4.0 é a visão do B2C: fábricas super flexíveis com segmentação de acordo com o que o cliente necessita. A globalização é outro motivo pelo qual a indústria 4.0 precisa ser implantada. “Se meu concorrente está usando lá fora, preciso utilizar a tecnologia aqui. “Ser mais competitivo e ganhar mercado em relação a outros países são fatores que devem mover a indústria”, pontuou Dias. Segundo Beny, a resposta da indústria para o consumidor moderno passa pela indústria 4.0.

Live Commerce

A Fast Track “Live Commerce: A maior revolução do varejo na década” trouxe In Hsieh, cofundador da OOOOO Brasil. Com ampla experiência em startups chinesas e intercâmbio de tecnologias entre Brasil e China, o palestrante trouxe um panorama do surgimento das live commerces na China, sua vinda para o Brasil e escalada no mercado, especialmente durante a pandemia. Ele explica que a live commerce nasceu no mercado chinês por volta de 2016, se popularizou em 2019 e agora já passou pelo período de maturidade de escala. O pontapé inicial nesse estilo de vendas online foi dado com a popularidade dos streamings de e-sports no país. Em 2019, as live commerces movimentaram cerca de US$ 63 bilhões na China.

“Pode-se dizer que o Brasil atingiu neste ano o marco zero das live commerces. Provavelmente estará no estágio um em 2022. O que despertou o mercado brasileiro para essa oportunidade foram as lives de música que se popularizaram no início da quarentena, com audiência altíssima e grande interesse das marcas em aparecem ali”, explicou In.

Segundo o executivo, as características que fazem com que a venda online seja uma live commerce nos mesmos moldes chineses são: vídeo ao vivo, interação, e-commerce, integração em um único aplicativo e ser mobile.

Tendências

No Talk Show “7 estratégias obrigatórias para ter resultados com Marketing Digital em 2022”, o português Marco Gouveia, CEO da Escola Marketing Digital, trouxe dicas quentes sobre as tendências para o próximo ano. Entre elas estão:

  1. Presença em plataformas próprias: Não basta investir em redes sociais. O ideal é ter a sua própria plataforma, seu próprio site. Lembre-se sempre de que as páginas no Instagram e do Facebook não são suas, são deles.
  2.  SEO: A otimização de ranqueamento no Google de forma orgânica não sai de moda. O investimento em anúncios no Google, YouTube e redes sociais está cada vez mais caro; por isso, é essencial trabalhar o SEO com conteúdo e palavras-chave no site para conseguir ranquear também de forma orgânica.
  3.  Estratégia de SEO: definir objetivos para conseguir ranquear de forma orgânica.
  4. Google Meu Negócio: Precisa estar nesta ferramenta para criar credibilidade, além de ser muito bom para ranquear nas buscas. É nele que se torna possível colocar dados de funcionamento e outras informações importantes.
  5.  YouTube Ads: Funcionam muito bem e são uma tendência para 2022. Existem muitos formatos, a segmentação é muito boa e está presente em muitos momentos do dia do consumidor.
  6.  Stories: Quando você para de postar por alguns dias, parece que você sumiu, que não existe. Faça uma pausa por 4 dias e, na volta, use todas as ferramentas de interação: sondagens, caixas de perguntas e as demais. Você terá o sobro de interação.
  7. Angariar base de dados: No fim das contas, todos os passos acima são feitos para conseguir dados sobre quem importa para o seu negócio.

CONFIRA A AGENDA DESTA QUARTA-FEIRA:

Conteúdo para engajar: como ter uma estratégia inteligente – Painel com Felipe Bazon, da Hedgehog,  Mauro Guedes da Shutterstock, Rafael Godoi da DigitalReef e Gabriela Torres da Prod;
  TikTok: skip ads embrace trends, com Daniel Neves da FNAC Portugal;
Painel sobre Metaverso: qual será o futuro das mídias sociais, com a participação de Ana Clara Magalhães da Ecommerce na Prática, Camila Renaux da CR Consultoria,  Fábio Almeida da Gamned! e Rafael Terra da Fabulosa Ideia;
  CRM Reloaded, com Marcelo Sousa da Marketdata.

Inscrições: https://bit.ly/3DynSBz