Novembro, 2022. Estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que a população brasileira chega a mais de 214 milhões de pessoas, dentre as quais somente cerca de 54 milhões têm menos de 18 anos. Ainda segundo o levantamento, o volume de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social é crítico, evidenciando as necessidades reais de investimento em políticas, programas e ações para o desenvolvimento do potencial desta parcela da sociedade.
Outro dado que aponta para a urgência para esta desta agenda está no relatório apresentado pelo Unicef. A recente estimativa da entidade aponta que a cada hora, uma pessoa entre 10 e 19 anos de idade é assassinada no Brasil e, segundo o documento, quase todos meninos, negros, moradores de favelas.
Segundo a Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, 79% das denúncias de estupro registradas pelo Disque 100 tinham crianças ou adolescentes como vítimas. São casos que demandam a atuação de profissionais especializados em estruturas adequadas, além de acompanhamento dos menores que os permita se recuperar psicologicamente do trauma.
No Brasil, existem iniciativas vocacionadas a contribuir tanto com a questão judiciária desses casos quanto com o compromisso em acolher as vítimas e auxiliá-las a se recuperarem. Um desses projetos já soma 118 unidades em 13 estados. As Ludotecas, implantadas pelo Instituto Sabin, em parceria com instituições como secretarias municipais de Direitos Humanos ou Assistência Social, Ministério Público, universidades, entre outras, com o objetivo melhorar os atendimentos realizados pelos profissionais que atuam na rede de atenção à violência nas áreas de saúde, justiça, assistência social e segurança pública.
Criado em 2008, o projeto já impactou mais de 20 mil pessoas. Para implantar uma Ludoteca, o Instituto Sabin estabelece um acordo com a instituição interessada e doa equipamentos, conteúdos e materiais pedagógicos como brinquedos, jogos, livros e recursos lúdicos, dentro de um ambiente seguro com privacidade adequada para a escuta, oitiva ou acompanhamento terapêutico de crianças, adolescentes e famílias vítimas de violência.
“Há 14 anos, lançamos o primeiro espaço no Distrito Federal. Hoje estamos em todas as regiões do país, ajudando a transformar essa triste realidade e dando à essas vítimas oportunidades de uma assistência acolhedora e tão necessária diante de em um momento tão delicado”, observa o gerente-executivo do Instituto, Gabriel Cardoso.
Em 2022, foram inauguradas três novas unidades. Em Osasco (SP), a Ludoteca é fruto de uma parceria entre a Prefeitura local e a Secretaria de Saúde do município, com funcionamento no CAPS Infantil da cidade. Franca (SP) foi outra cidade a receber uma unidade em parceria firmada com o Uni-FACEF — Centro Universitário Municipal. Maringá (PR) também passou a contar com uma ludoteca no Serviço de Acolhimento Família Acolhedora, em acordo entre o Instituto a Prefeitura, a Secretaria Municipal de Assistência Social, Política sobre Drogas e Pessoa Idosa do município.
Cardoso detalha também que todo o atendimento é orientado pelos princípios da Constituição Federal/1988, pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e pelas legislações protetivas em vigor. Além das unidades físicas, o programa do Instituto Sabin também realiza capacitação continuada para os ludotecários – profissionais multidisciplinares que atuam nas Ludotecas – por meio de curso EAD, apostilas e outros recursos pedagógicos, todos disponíveis gratuitamente no site e no canal do youtube do Instituto.
Sobre o Instituto Sabin | Sem fins lucrativos, o Instituto Sabin foi criado em 2005. Responsável pela gestão do investimento social privado do Grupo Sabin, é organizado como uma OSCIP, com sede em Brasília e atuação em 12 estados, além do DF. O instituto tem a missão de contribuir para a melhoria da qualidade de vida, do bem-estar e da prosperidade nas comunidades onde o Grupo Sabin atua, fomentando a Inovação Social.
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