Você já parou pra pensar que aquilo que colocamos no prato pode impactar diretamente a saúde da nossa pele? Pois é, eu também achava que alimentação e pele eram universos distantes — até descobrir que doenças como psoríase e foliculite têm tudo a ver com o que a gente come (ou deixa de comer). Neste artigo, quero te mostrar como a alimentação pode ser aliada (ou vilã) quando o assunto são essas condições inflamatórias da pele.
A psoríase, por exemplo, é uma doença inflamatória crônica da pele, com base genética, mas que sofre forte influência de fatores externos — e a alimentação é um deles. Já a foliculite, que é a inflamação dos folículos pilosos, pode piorar com alguns hábitos alimentares e melhorar com outros. Bora entender isso melhor?
O papel da alimentação nas doenças inflamatórias da pele
Tanto a psoríase quanto a foliculite têm algo em comum: ambas envolvem processos inflamatórios. E adivinha? Muitos alimentos que fazem parte da nossa rotina alimentam — literalmente — essa inflamação.
Alimentos ultraprocessados, ricos em açúcar refinado, gordura trans e excesso de ômega-6 estão associados ao aumento de processos inflamatórios no corpo. Esse ambiente pró-inflamatório acaba refletindo na pele, piorando quadros como a psoríase.
Por outro lado, uma alimentação anti-inflamatória pode ajudar a controlar os sintomas. Isso inclui alimentos ricos em ômega-3, antioxidantes naturais e compostos que modulam o sistema imune, como a vitamina D, o selênio e o zinco.
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Psoríase: o que comer e o que evitar
Quando falamos em psoríase, o ômega-3 é o grande herói da história. Presente em peixes como salmão, sardinha e atum, esse tipo de gordura tem ação anti-inflamatória comprovada. Ele compete com o ácido araquidônico (ômega-6), reduzindo a produção de substâncias inflamatórias na pele.
Além disso, dietas vegetarianas e hipocalóricas têm mostrado resultados positivos em estudos com pacientes com psoríase. Isso porque essas dietas reduzem a ingestão de ácidos graxos pró-inflamatórios, auxiliando no controle da doença.
Outros pontos importantes:
- A restrição de glúten pode ajudar pacientes com sensibilidade, mesmo que não tenham doença celíaca.
- A ingestão elevada de álcool está associada ao agravamento da doença.
- Alimentos ricos em antioxidantes, como frutas vermelhas, vegetais verdes escuros e oleaginosas, ajudam a combater os radicais livres, que também contribuem com o processo inflamatório.
Foliculite e alimentação: existe relação?
Apesar de menos estudada do que a psoríase nesse sentido, a foliculite também pode ter sua gravidade influenciada por fatores dietéticos. Alimentos ricos em gorduras saturadas, fast food e excesso de açúcar podem facilitar a oleosidade da pele, contribuindo para o entupimento dos folículos pilosos e aumentando as chances de inflamação.
Alguns casos de foliculite têm relação com resistência à insulina e desequilíbrios hormonais, e nesses casos uma alimentação de baixo índice glicêmico — com poucos açúcares e rica em fibras — pode ser benéfica.
Micronutrientes importantes para a saúde da pele
Cuidar da pele também é fornecer os nutrientes certos para que ela tenha defesas naturais contra inflamações. Olha só o que não pode faltar:
- Vitamina D: além de fortalecer o sistema imunológico, tem ação antiproliferativa sobre as células da pele. É muito usada no tratamento da psoríase.
- Selênio: antioxidante poderoso, contribui para a regulação do sistema imune e tem efeito anti-inflamatório. Níveis baixos são associados à piora da psoríase.
- Zinco: essencial na cicatrização e regeneração da pele.
- Vitamina A e E: atuam como antioxidantes e ajudam na manutenção da integridade da pele.
O perigo do álcool e do cigarro para a pele com inflamação
Quem tem psoríase ou foliculite deve ficar de olho no consumo de álcool e cigarro. Estudos mostram que o álcool agrava os sintomas da psoríase, especialmente em homens jovens. Além disso, o uso de álcool associado a certos medicamentos pode sobrecarregar o fígado e gerar efeitos colaterais graves.
O cigarro, por sua vez, contribui para o estresse oxidativo, reduz a oxigenação dos tecidos e interfere na resposta imune da pele. Resultado? Mais crises, mais descamação e mais inflamação.
Dieta personalizada: o ideal para cada paciente
Cada organismo é único. Por isso, nem toda recomendação nutricional serve para todo mundo. Alguns pacientes se beneficiam muito de dietas vegetarianas, outros veem melhora cortando glúten, e há quem precise focar em redução calórica.
O acompanhamento com nutricionista e dermatologista é fundamental para montar uma estratégia eficaz e segura.
Saiba mais sobre
Qual a relação entre alimentação e psoríase? A alimentação influencia diretamente os níveis de inflamação do corpo, o que pode agravar ou amenizar os sintomas da psoríase.
Evitar glúten pode melhorar a psoríase? Sim, especialmente em pacientes com sensibilidade ao glúten ou com presença de anticorpos antigliadina, mesmo sem doença celíaca.
Quais alimentos são indicados para quem tem psoríase? Peixes ricos em ômega-3, vegetais verdes, frutas vermelhas, oleaginosas, sementes e alimentos ricos em antioxidantes.
A dieta influencia a foliculite? Sim. Dietas com excesso de açúcar e gordura saturada podem piorar o quadro, enquanto uma dieta anti-inflamatória pode ajudar.
Vitamina D ajuda na psoríase? Sim, tanto por via tópica quanto oral, a vitamina D tem efeitos benéficos sobre a inflamação da pele.
Álcool piora a psoríase? Sim. O consumo de álcool pode agravar os sintomas e dificultar o tratamento da doença.
O que cortar da dieta em caso de foliculite recorrente? Reduzir alimentos gordurosos, ultraprocessados, ricos em açúcar e priorizar alimentos naturais e integrais.
Antioxidantes ajudam mesmo a pele? Sim. Eles combatem o estresse oxidativo e reduzem a inflamação, melhorando o aspecto e a saúde da pele.
É possível melhorar a pele só com alimentação? A alimentação é um pilar importante, mas não substitui tratamento médico. Juntas, alimentação e terapia aumentam os resultados positivos.
Qual o melhor tipo de dieta para quem tem doenças de pele? Dietas anti-inflamatórias, ricas em nutrientes, com baixo teor de açúcar, glúten (em alguns casos), álcool e alimentos ultraprocessados.
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